sexta-feira, 26 de outubro de 2007

"Afair" Temporário

Seus olhos às vezes me cativam,
Mas sua inflexibilidade me reporta ao meu mundo.
Então percebo que entre nós...
Apenas temporalidade,
Quiçá um “afair” de pele,
De instinto puro,
De imaturidade.

Geógrafo da Alma.

Uma questão anatomia

Dois olhos, duas orelhas,
Duas mãos, duas pernas,
Uma boca.
Sinal claro e anatômico,
De que devemos escutar mais,
Agir mais,
Falar menos.
Afinal se a verdade estiver contigo,
O tempo se encarregará de solidificar o seus conceitos.
Muitas vezes em nossa ânsia humana de colaborar,
Desrespeitamos o “TIME” do nosso próximo,
Ou simplesmente jogamos “ pérolas aos porcos”.

Geógrafo da Alma

Percepção

Quando percebi que havia falado demais,
Pronto...
Já tinha perdido a oportunidade de me calar.

Geógrafo da Alma.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Crônica para o jornal "A Folha" edição nº 229

Nesse início de outubro os meus amigos Juarez Virti e o seu genro Daniel, estavam em estado de puro sorriso. O motivo é que os dois conseguiram vencer a tradicional dupla Preta & Daniel I no tradicional embate de canastra que ocorre na Sede Social do River Plate, até pareciam crianças aguardando com a felicidade no rosto a chegada do dia 12 de outubro.
E por falar em crianças...



Mês de outubro, mês onde comemoramos o dia das crianças. No âmbito comercial, a mídia não nos deixa esquecer, tamanhos os apelos vinculados em suas programações incentivando o consumo. Gostaria de salientar que não sou contra a indústria e o comércio que nessas datas sempre acaba aumentando a sua produção e consequentemente gerando empregos e divisas. O que me consterna é a distorção de valores inseridos em um contexto onde o “ter” é amplamente difundido de maneira paradoxal as necessidades eminentes de nossas crianças.
É ponto passivo que criança gosta de brincar, “mas nem só de brincar viverá a criança”.
No meu entender, criança necessita de educação, saúde, segurança, bons referenciais, vestuário, tempo ao lado de seus pais ou responsáveis, perspectivas de um mundo melhor e outras necessidades de acordo com o seu próprio contexto.
O que infelizmente tenho presenciado em nossa sociedade brasileira, é uma negligenciação dessas necessidades, principalmente por parte de nossos governantes.
A educação pública, por exemplo, que faz parte do universo da maioria das crianças brasileiras, trabalha com déficit de profissionais, precariedade de verbas e total falta de segurança dentro do seu perímetro. Não faltarão aqueles que irão contrapor, o que é saudável dentro de qualquer análise, dizendo que o governo federal, estadual ou municipal tem feito muito, mas o que me refiro é que esse muito ainda é pouco e aquém das condições de divisão do bolo. Afinal se contas com a carga tributária desumana que nos é aplicada, no mínimo daria para tentar melhorar alguns índices, isso que nem me apegarei a outros fatores que indicam que o nosso País não está “tão quebrado assim”.
Não pretendo analisar o mérito de outras necessidades citadas anteriormente no início dessa reflexão, mas que as nossas crianças estão literalmente “pagando o pato” da má gestão pública é notório.
Nesse dia 12 de outubro gostaria de fazer duas coisas: Exercitar o meu lado criança e fazer um pedido especial aos nossos governantes para serem mais dignos e altruístas legislando menos em causa própria e mais para o coletivo. E para os leitores dessa humilde reflexão para que assim como as crianças mantenham a esperança e se mobilizem para que o dia das crianças possa quiçá ser comemorado por todas as crianças de nossa nação e não apenas aquelas que conseguiram fugir das imensas dificuldades que excluem o sorriso, a dignidade ou simplesmente o direito de sonhar.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

Inspirando-me em minha própia caçada

Ao escutar o magistral 14 Bis
Cantando angelicalmente
“Caçador de Mim”.
Resolvi atuar como um grande caçador,
Caçando meu egoísmo, minha intolerância,
Minha falta de fé de que os homens podem mudar.
Desenvolvi uma caçada implacável aos meus preconceitos,
As minhas neuroses e a falta de coragem para sorrir e refletir diante das adversidades.
Após caçar esses sentimentos,
Aprisionei-os em uma cela,
Com a esperança de não soltá-los tão cedo,
Pois sou humano e sujeito a falhas e infelizmente ainda não tenho como exterminar esses sentimentos por completo.
Quiçá um dia, na floresta do meu ser habite apenas o amor.

Geógrafo da Alma.