sexta-feira, 17 de agosto de 2007

Nuances do verbo “ceder”

Eu cederei
Se tu cederes
Tu não cedes
Por que Eu não cedo
Nós cederemos, se Eles cederem
Eles não cedem por que Nós não cedemos
Enfim ninguém cede,
Mas todos perdem.

Geógrafo da Alma.

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Palavras Amargas

De repente elas estão ali:
Ocultas, imperceptíveis,
Esperando o momento oportuno para manifestarem-se
De maneira branda para Nós,
Dura para quem as recebe.

Elas metamorfoseiam-se em ironias,
Sorrisos sarcásticos, discursos eloqüentes,
Silêncios não de respeito,
Mas sim de quem não quer compartilhar a idéia real.

E quando saem de nossas bocas,
Carregando o fel de nossas próprias fraquezas.
Machucam os que nos cercam de amor e carinho,
Pois palavras amargas, não soam despercebidas.
Principalmente para a nossa consciência.

Geógrafo da Alma.

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Conjunção ou pronome,mas acima de tudo divagação

Será que o gosto do beijo que não te dei,
Uniria além de nossos lábios a nossa vida?
Será que as palavras não pronunciadas,
Transformar-se-iam na retórica necessária,
Para balizar nossos sentimentos?

E aquela entrevista, para qual me atrasei,
Seria ela a provedora do meu sustento?
E o que seria, do nosso contexto,
Se não existisse a conjunção/pronome “SE”?

Talvez o mundo ficasse um pouco sem graça
Pois um pouco de divagação pode até atrapalhar,
Mas não mata.

Geógrafo da Alma.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Dicotomia

Entre o certo e o errado,
Entre o correto e o meu desejo
Prefiro perder seus beijos,
Para não me perder de mim.

Se me perder,
Jogo fora muito do que construí
Se der ouvidos ao impulso,
Destruo minha consciência, fina essência
Extrativada da minha razão.

Então o quê devo fazer?
Atendo meu instinto “tesão”,
Ou escuto a voz da razão, que me aconselha a te evitar.
“Tesão” deriva de sentimento, que combina com minha poesia,
Mas te procurar?
Só num outro dia onde essa dicotomia me empurrar no precipício,
No vício que é conviver com você.

Geógrafo da Alma.

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Simetria

Linha,
Do novelo, do teu corpo?
O trajeto do ônibus?
Ou aquilo que perdi
Quando você me deixou.

Curvas,
As da estrada de Santos?
As da rota romântica para Gramado?
Ou as do teu maravilhoso corpo
Ao qual não toco mais.

Como se vê,
Simetria e nostalgia,
Infiltram-se em meus versos
E no que sobrou de você.

Geógrafo da Alma.

quarta-feira, 1 de agosto de 2007

O que não foi

O que não foi

Foram tantas as frases não ditas,
Submersas em uma profunda timidez,
Insegurança ou sei lá.

Foram tantas as canções imaginárias
Em que eu te tirava para dançar embalado pelas nuvens,
Tirava-te para dançar em frente ao espelho
Da minha falta de iniciativa,
Ah! Deixa pra lá

Não faz sentido lembrar,
Do que deixou de ser,
E apenas encontrou guarida, nas minhas reminiscências.


Geógrafo da Alma