segunda-feira, 30 de julho de 2007

Buscando um tema

Buscando um tema

Para que pensar em um tema
Se me basta escrever
O próprio relize
De nossas vidas

Para que criar um roteiro
Uma estória
Narrativa
Ou apoiar-me na ficção

Ao invés de gastar momentos
Criando, poetizando
Posso simplesmente
Falar e escrever sobre nós

Nossos sonhos
Metas
As de comum acordo
E as individuais

Quem sabe digitando
Nosso relize
Eu não acabe descobrindo
Porque foi que eu te perdi.

Geógrafo da Alma.

Essa Noite

Essa noite

Essa noite eu gostaria
De ter a cama vazia
E não com a presença nefasta
Da tua saudade por companhia

Essa noite eu gostaria
De jantar à luz de velas
Tomar um vinho seco
E depois suavizar-me em teus beijos

Essa noite eu gostaria
De ver-te como platéia
E ter-te como musa
Em plena interatividade

Essa noite eu gostaria
De ouvir música mais alegre
E até dançar contigo
Sendo o motivo dos teus sonhos,
Teu homem
E não apenas um amigo.

Geógrafo da Alma.

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Instantes

Instantes

Instantes parecem eternos
Em determinados momentos
Eternos parecem os sentimentos
Que guardo em meus pensamentos

Instantes circulam a casa
Os jardins e até os velhos cafés
Rodeados de nostalgia
Instantes prendem minha mente
De uma forma diferente
Porém com muita magia

Instantes roubam à atenção da leitura
Interrompem a audição da música
Fazem-me voltar no tempo
Em que nem por um instante
Eu esquecia de você.

Geógrafo da Alma

O Tempo

O tempo

O tempo voa, mas não naquela concepção
Conhecida, sentida ou mesmo abstrata
Que insiste em mapear nossos pensamentos
Aliás, como mapeá-los, sem interferir na essência.

O tempo discorre ou simplesmente escorre
Com suavidade em nossas mãos
Mãos pequenas, quentes até certo ponto ardentes
Por fagulhas de paixão.

Tua presença urge em minha vida
De forma às vezes descontrolada
Feito um pré-adolescente
Com a primeira namorada.

O tempo volta como os pássaros
No final de uma jornada migratória
Temporária, ilusória
É assim a nossa história.

O tempo suaviza, desamarra
Ou simplesmente ampara
Nossos medos e sonhos ao som de
“Wherever you will go”.

Geógrafo da Alma.

Trecho da Música "Tempos de Infância"

Essa é uma das estrofes da canção "Tempos de Infância", composta por mim (letra & música) e gravada pelo Grupo regionalista "Querência Xucra" de Gravataí pelo selo da Raízes Discos. Essa música compus para os meus pais e para os meus tios Laid e Carlinhos. Ai vai a estrófe:

O tempo vem a galope
Nos trazendo a sensação
Que os doces tempos de infância
Se foram e não voltarão
Mas eu guardo com carinho
Na memória de piá
Um mundo mais divertido
Repleto de amor pra dar

obs: para quem é gaúcho ou dança a nossa música gaúcha o estilo é um chamamé bem bailável.

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Mulheres

Mulheres

Maria , Paula, Andressa , Vanessa
Cíntia , Carla, Flávia, Adriana
Milene , Martha, Núbia, Joana
Algumas serão para sempre
Outras apenas fins de semana
Mesmo assim reminiscências

Anaides, Nair, Odete, Pámela, Mônica
Micheline, Simone, Valéria, Elisa
Claudia, Jaqueline, Andreia, Patrícia
Corina, Nice, Eneide, Fernanda
Tatiana, Tatiane, Cristina, Dione
Algumas terão meu amor de filho
Outras meu amor de irmão, outras de amigo
E outras meu amor incondicional

Melissa , Claudete, Enilda, Ruthe
Letícia, Daniela, Karina, Zenir
Franciele, Michele, Eliane, Rosane
Elisângela , Rejane, Bethe ,Thalita
Enfim a todas as mulheres de nossa humanidade
O meu muito obrigado pelo simples fato
DE VOCÊS EXISTIREM.

Geógrafo da Alma
Qual é o seu grupo?

Em um departamento qualquer do universo, o encarregado pelo setor, precisa que executem uma tarefa próxima ao fim do expediente, cansado de procurar por um colaborador que se disponha, ele encontra a Angústia tomando um café próxima à máquina de xérox. Ele saúda a Angustia e lhe pede:
Angustia você pode me digitar uns documentos importantes para que eu possa despachar ainda hoje?
Ela lhe disse:
Não posso, pois já estou de saída, tenho que acompanhar o grande número de gaúchos que não conseguem quitar suas contas, quanto mais comprarem algum ovo de chocolate para os seus filhos nesta páscoa, mas peça para a irresponsabilidade acho que ela está desocupada.
Nisso vem a Irresponsabilidade, que acabou de ou vir o diálogo e diz: Eu também não posso, pois tenho que acompanhar os milhares de gaúchos que estão tomando a estrada nesse feriadão. Sabe como é sempre tem algum que me escuta e vai beber demais e dirigir ou tentar ir de Alvorada a Torres em 01h e 30 min, peça para a indiferença talvez ela te ajude.
Eu já procurei a indiferença, respondeu o encarregado e ela me disse que seu horário já havia terminado e que meus documentos não eram problemas seu, além do que ela estava acompanhando um determinado grupo de parlamentares que legislam em causa própria espalhados pelo mundo inteiro.
Cansado o encarregado retirou-se do setor e foi dar uma volta pelas dependências da empresa, quando pelos corredores encontrou uma colaboradora que ele não via há algum tempo. Então ele a saudou e disse:
Como vai felicidade! Por onde você andava?
Ela respondeu: Eu estava trabalhando com um grupo de amigos em um projeto especial.
O encarregado perguntou: Que amigos e de que projeto ela se referia.
Ela respondeu: Eu estava trabalhando com a companheira harmonia, com o amigo bom senso, com a irmã tolerância, com o carinho, a amizade, com a solidariedade, com o respeito, tudo sob a orientação da amiga caridade que nos trouxe um recado do próprio Presidente, que era o seguinte: Eu pretendo levar o amor a todos os homens, os que acreditam e os que não acreditam, vou precisar de vocês para que os esperançosos não percam a fé e acreditem um dia todos os obstáculos serão superados e somente assim poderão continuar suas tarefas em prol de um amanhã mais justo.
E você pretende dar ouvidos aos trabalhadores do primeiro grupo ou aos amigos que trabalham em um projeto especial?

Crônica de minha autoria, publicada no jornal "A Folha" de Alvorada, na coluna "Frente a frente com a palavra".

Paredes

Paredes

Nas paredes de meu quarto
Existem fórmulas matemáticas
Expediente que utilizo
Preparando-me para concursos

Nestas mesmas paredes
Contrastando a tinta branca
Um calendário marrom
Informando-me sobre datas

Teias de aranha
Pois por mais que se higienize
Elas sempre proliferam
Resistem

E nestas mesmas paredes
Ficaram suores empregnados
De corpos que não mais se amam
Pois você não está aqui.

Geógrafo da Alma