quinta-feira, 26 de julho de 2007

O Tempo

O tempo

O tempo voa, mas não naquela concepção
Conhecida, sentida ou mesmo abstrata
Que insiste em mapear nossos pensamentos
Aliás, como mapeá-los, sem interferir na essência.

O tempo discorre ou simplesmente escorre
Com suavidade em nossas mãos
Mãos pequenas, quentes até certo ponto ardentes
Por fagulhas de paixão.

Tua presença urge em minha vida
De forma às vezes descontrolada
Feito um pré-adolescente
Com a primeira namorada.

O tempo volta como os pássaros
No final de uma jornada migratória
Temporária, ilusória
É assim a nossa história.

O tempo suaviza, desamarra
Ou simplesmente ampara
Nossos medos e sonhos ao som de
“Wherever you will go”.

Geógrafo da Alma.

Nenhum comentário: